Legitimidade
é um conceito sociológico que consiste na correspondência entre o que se diz ou
o que se faz e os valores ou princípios mais elevados gestados pela consciência
social. Quanto mais de acordo com os anseios, aspirações, valores e princípios
cultivados em dada sociedade, mais um dado discurso ou comportamento será
legítimo. E será ilegítimo, mesmo se for válido, se for legalizado, se faltar
correspondência com aquilo que de mais elevado é gestado no seio social.
Na Constituição estão implícitas uma série
desses valores, princípios e aspirações da sociedade brasileira pós-ditadura
militar, plasmadas pelo Constituinte de 1988, em um texto de caráter
democrático, inclusivo, garantidor de direitos fundamentais, cidadão. Tudo o
que Presidente da Republica Jair Messias Bolsonaro faz tende ao autoritarismo, é ANTI-DEMOCRÁTICO, excludente e
elitista.
A
legitimidade que ele se arroga é uma ilusão, uma distorção que só existe na
mente dos seus seguidores que, por uma ideologia que beira o fanatismo de
algumas seitas suicidas, acreditam que Bolsonaro está sempre certo e é o
salvador da pátria. Um exemplo é legitimar na Constituição o fechamento do
Congresso Nacional, e do STF, e a volta do AI-5. A Constituição de 1988 foi justamente feita
para que a ditadura nunca mais retornasse. Defender que algo pode se
fundamentar nela fora do regime democrático não é discutir sobre legitimidade.
É
perverter tudo o que a Constituição representa. Só não vê isso quem é cego. E o
pior cego é o que não quer ver