}
" O DIÁLOGO. É O ELO QUE FALTA "
Mostrando postagens com marcador MEDICINA. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador MEDICINA. Mostrar todas as postagens

CÂNCER E SUAS REPERCUSSÕES BIOPSICOSOCIAIS



Receber a notícia do diagnóstico de um câncer, certamente, é algo fácil. Muitos filmes e seriados tentaram exprimir nas telas o sentimento desolador que provavelmente deve passar pela cabeça de muitos pacientes, mas eles apenas arranharam a superfície. Inclusive, acredito ser audácia desse que vos escreve, tentar explicar aqui todo o universo que envolve a doença. De forma clínica, o câncer é uma patologia associada à proliferação descontrolada de uma célula, que passa a invadir e se disseminar em outros tipos de tecido. Isso leva à diversas disfunções metabólicas e sistêmicas. O câncer ainda é uma das doenças que mais mata no mundo, sendo a carcinoma de pulmão, o líder do ranking. Um ponto interessante, se tratando desse último, é que o hábito de fumar é o principal responsável pelo desenvolvimento dessa neoplasia (a humanidade tem caminhado a passos largos em direção a hábitos pouco saudáveis). Embora a maioria das pessoas não saiba, exatamente, como se dá a evolução da doença, o termo câncer remete à muitos pensamentos ruins, envolvendo palavras como quimioterapia, perda de cabelo, dor, náuseas e sofrimento. De fato, não seria tamanha loucura afirmar que essa situação mostra-se ausente de quaisquer pontos positivos, e possui como a única certeza “uma dura luta”, pois nem mesmo o tratamento é acalentador, guardando consigo uma lista ínfima de efeitos colaterais. Não há quem passe por uma doença desse nível sem sofrer consequências físicas e psicológicas. E ainda que a morte não seja uma certeza, a vitória deixa sequelas e o medo constante e diário de uma possível recidiva. Dessa forma, quando se trata do manejo de um paciente com câncer, é necessário integrar não só as diversas áreas da saúde (esse discurso já é bastante popularizado, e ainda que tenha sua credibilidade, simplesmente já não agrada mais aos olhos), mas também outras áreas do conhecimento, como a sociologia, a filosofia e o humanismo, com base na premissa de que cada indivíduo e cada cultura lida, busca solucionar e entende o adoecer e a morte de maneira diferente. Por fim, seria interessante deixar ao leitor algumas perguntas para instigar a curiosidade e o cuidado, como por exemplo, o que significam os números nos índices epidemiológicos? E qual o papel individual do cidadão quando se trata de hospitais (que precisam de contribuição econômica) e pacientes com câncer (que precisam de contribuição emocional)? Ou não há responsabilidade própria?


REFERÊNCIAS:
-www1.inca.gov.br › Câncer
-AL.], Bruce Alberts...[et. et al. Biologia molecular da célula. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2010.
-KASPER, Dennis L. et al. Tratado de medicina interna Harrison. 15. ed. São Paulo: Mcgraw-hil., 2002

Topo