Marcos Augusto
de Castro Peres
Faculdades Unopec
1) Introdução
Sabe-se que o trabalho na era fordista, que vigorou
por quase todo o século XX, caracterizou-se pela exploração intensa do
trabalhador. Visto como simples apêndice da máquina, o operário fordista sofria
com o trabalho repetitivo, massificado, mal pago, intenso e embrutecedor,
trabalho esse existente enquanto peça fundamental para o aumento do lucro
capitalista. Quanto maior a exploração e menor a remuneração maior seria o
lucro porque maior é a mais-valia, que é o ganho do capital sobre o trabalho,
do trabalho sobre o não trabalho.
Da crise do modelo fordista, nasce um novo modelo,
fundamentado em fórmulas inovadoras no objetivo de superar as falhas do
taylorismo/fordismo. Este modelo, chamado de toyotismo, elabora um discurso
voltado para a valorização do trabalho em equipe, da qualidade no e do
trabalho, da multifuncionalidade, da flexibilização e da qualificação do
trabalhador. Oculta, porém, a exploração, a intensificação e a precarização do
trabalho, inerentes à busca desenfreada do lucro pelo sistema de metabolismo
social do capital, que, por não ter limites, configura-se como ontologicamente
incontrolável (MESZÁROS, 1995).
2) O surgimento
do fordismo/taylorismo na indústria automobilística
A indústria automobilística caracterizou-se por ser
pioneira na organização da produção industrial. Foi dela que se originou tanto
o fordismo quanto os métodos flexíveis de produção. Foi nela que se introduziu
o uso de robôs industriais e da produção informatizada. No início meramente
artesanal e individualizada, a produção de automóveis ganharia logo a
massificação. Ford, então, aplicaria os métodos do taylorismo, também chamado
de organização científica do trabalho, para atender um potencial consumo de
massas. Surge, então, a primeira característica do fordismo, a produção em
massa. A justificativa para isso é que apenas a produção em massa poderia
reduzir os custos de produção e o preço de venda dos veículos. No entanto,
produção
em
massa significa um grande número de empregos e um consequente achatamento dos
salários.
O trabalho massificado ganha condições de trabalho
precário, reforçado por uma segunda característica fordista, a racionalização
da produção através do parcelamento de tarefas fundado na tradição taylorista.
Parcelamento de tarefas implica que o trabalhador não necessita mais ser um
artesão especialista em mecânica, sendo necessária apenas resistência física e psíquica
num processo de produção constituído por um número ilimitado de gestos, sempre
os mesmos, repetidos ao infinito durante sua jornada de trabalho (GOUNET,
1999). Este processo é completado por uma terceira característica, a linha de
montagem, que permite aos operários, colocados um ao lado do outro e em frente
a uma esteira rolante, realizar o trabalho que lhes cabe, ligando as tarefas
individuais sucessivas. Mas era necessário adequar ainda mais a produção aos
objetivos traçados. E foi no intuito de reduzir o trabalho do operário a gestos
simples e repetitivos e evitar constantes adaptações das peças produzidas aos
veículos, que Ford decidiu por padronizá-las. Ocorre, então, o que se chama de integração
vertical, ou seja, o controle da produção total de autopeças, comprando as
firmas fabricantes. Essas transformações permitem que a fábrica fordista seja
automatizada (GOUNET, 1999).
O advento do fordordismo/taylorismo revela que a
empresa que muda radicalmente a organização da produção para ser mais eficaz e
adaptar-se à demanda, assume a liderança da indústria, conquistando fatias do
mercado e se tornando dominante. Dessa forma, os rivais têm que seguir o modelo
dominante para não desaparecerem ou saírem do mercado. É o que acontece com as
demais indústrias de automóvel como a General Motors e a Chrysler,
por exemplo. No entanto, a acirrada competição entre as empresas impede que recursos
suficientes fossem destinados à melhoria de certas condições de trabalho, pois
eram necessários custos de produção cada vez mais baixos para conquistar fatias
do mercado. Neste contexto de deterioração cada vez maior das condições de
trabalho, com os operários sendo submetidos a trabalhos precários e mal
remunerados, é que resulta a crise estrutural do capital travestido sob a veste
do fordismo (GOUNET, 1999).
3) A crise do
fordismo e o surgimento do toyotismo – as artimanhas do capital frente à
sua crise estrutural
O período em que o fordismo/taylorismo vigorou como
modelo dominante possibilitou um grande acúmulo de capitais pelas empresas automobilísticas.
No entanto, os anos 70 marcaram o início de uma crise estrutural que se
caracterizou, principalmente, pela queda na taxa de lucro causada pelo aumento
do preço da força de trabalho, resultante das lutas entre capital e trabalho
dos anos 60, pelo desemprego estrutural que se iniciava, causando uma retração
do consumo que o modelo taylorista/fordista mostro use incapaz de solucionar,
pela crise do Estado do bem-estar social e do aumento das privatizações, dados
pela crise fiscal do Estado capitalista (ANTUNES, 1999).
A crise estrutural ocorrida no final da era fordista era
resultado, ainda, do sentido destrutivo da lógica do capital, verificado na
tendência decrescente do valor de uso das mercadorias e na exploração cada vez
maior do trabalhador, caracterizada pela intensificação do trabalho e da
deterioração das condições laborativas. Um modelo de produção no qual vigora um
desrespeito evidente pela força humana que trabalha e cujos produtos têm cada
vez menos vida útil (onde se observa um menosprezo também pelo público
consumidor, peça fundamental do lucro mercadológico), não poderia ter outro fim
senão o perecimento.
Mas o capital tem como característica básica a
incontrolabilidade e é dotado de um poderoso mecanismo de reorganização do
metabolismo societal, que mantém domínio sobre a totalidade dos seres sociais,
sendo suas mais profundas determinações orientadas para a expansão e impelidas
pela acumulação (MÉSZÁROS, 1995). Observou-se, com o advento de um capitalismo
global, uma expansão sem limites do sistema de metabolismo social do capital,
que se tornou incontrolável. Neste sentido, o sistema metabólico do capital:
“Escapa
a um grau significativo de controle precisamente porque ele emergiu, no curso
da história, como uma estrutura de controle totalizante das mais poderosas,
(...) dentro da qual tudo, inclusive os seres humanos, deve ajustar-se,
escolhendo entre aceitar sua viabilidade produtiva ou, ao contrário, perecendo.
Não se pode pensar em outro sistema de controle maior e mais inexorável – e, nesse
sentido, totalitário – do que o sistema de capital globalmente dominante, que
impõe seu critério de viabilidade em tudo...” (ANTUNES, 1999; p.
25).
A crise do modelo fordista exigia que o capital
viesse a estabelecer mutações em sua estrutura. Por ser incontrolável, o
capital elabora sempre uma saída para sua crise. Utilizando-se da experiência
do fordismo, cria um novo modelo de produção que tem como objetivo solucionar
os problemas que teriam levado o modelo anterior a uma crise estrutural. Tem
início, então, um processo de reorganização, que teve como principal resultado
a emergência do neoliberalismo, com a privatização do Estado, a
desregulamentação dos direitos do trabalho e a falência do setor público estatal.
Posterior a isso ocorre um intenso processo de reestruturação da produção e do
trabalho, que daria origem ao modelo flexível de produção. Tudo isso no intuito
de recuperar o ciclo reprodutivo do capital (ANTUNES, 1999).
Os modelos produtivos presentes no taylorismo/fordismo
tiveram que ser totalmente reestruturados, sem, no entanto, transformar os
pilares essenciais do modo de produção capitalista. Pretendia-se resgatar os
níveis de acumulação existentes no período anterior. De acordo com Antunes
(1999): “tratava-se, para o capital, de reorganizar o ciclo reprodutivo
preservando seus fundamentos essenciais” (p. 36).
No
fordismo, a produção em série dada ao redor de uma linha de montagem separava
nitidamente elaboração e execução, suprimindo a dimensão intelectual do
trabalho operário. Tidos apenas como apêndices das máquinas e ferramentas, só
cabia aos operários executar mecanicamente as respectivas tarefas, cuja
organização e elaboração pertenciam à alçada da gerência científica. O operário
fordista nunca era chamado a participar da organização do processo de trabalho,
sendo relegado a uma atividade repetitiva e desprovida de sentido. As lutas por
melhorias das condições de trabalho e pelo controle social da produção,
ocorridas nos anos 60, teriam papel determinante no rompimento da separação
entre elaboração e execução, uma vez que reivindicavam, entre outras pautas
básicas, também uma maior participação do operariado na organização do
trabalho. Percebeu-se, então, que:
“Os operários tinham se mostrado capazes de
controlar diretamente não só o movimento reivindicatório, mas o próprio
funcionamento das empresas. Eles demonstraram, em suma, que não possuem apenas
uma força bruta, sendo dotados também de inteligência, iniciativa e capacidade organizacional.
Os capitalistas compreenderam que, em vez de limitar a explorar a força de
trabalho muscular dos trabalhadores, privando-os de qualquer iniciativa e
mantendo-os enclausurados nas compartimentações estritas do taylorismo e do
fordismo, podiam multiplicar seu lucro explorando-lhes a imaginação, os dotes
organizativos, a capacidade de cooperação, todas as virtudes da inteligência” (ANTUNES, 1999, p.44-45).
O operário tido não só como apêndice da máquina, mas
também como ser pensante, consciente e integrado ao processo produtivo cria as
bases de um novo modelo de produção, o toyotismo. Se antes se procurava manter
o operário longe das decisões organizacionais relacionadas à produção, no toyotismo
há uma inversão de valores, com a valorização do operário participativo,
integrado ao processo produtivo.
Da mesma forma, se no modelo anterior a lei era um
operário/uma máquina, no toyotismo passa a vigorar o operário polivalente e
multifuncional, capaz de trabalhar com diversas máquinas simultaneamente. Surge
o que se chama de flexibilidade profissional, na qual se verifica a mescla
entre elaboração e execução de tarefas e estratégias organizacionais. O
trabalhador tornado polivalente é o que conhece além das suas atribuições
peculiares, sendo capaz de compreender a essência do processo produtivo. Com a
possibilidade de conhecer outras operações, pode-se reforçar a cooperação entre
os funcionários de uma organização, aumentando a eficiência e a produtividade em
prol do capitalismo (ANTUNES,1999).
E é aí que podemos reconhecer as artimanhas do
capital. O sistema de metabolismo social do capital é incontrolável e possui
uma poderosíssima capacidade de controle diante das adversidades que se
interpõem ao seu desenvolvimento. O operário meramente executor não era mais
lucrativamente interessante para o capital frente ao operário polivalente e
participativo. Além disso, as lutas sociais do operariado em defesa de melhores
condições de trabalho e respeito aos direitos do trabalhador perturbavam os
interesses do capital e deveriam ser rapidamente solucionadas. Ao capital cabia
uma resposta à sua própria crise, à crise do fordismo. E o seu sistema de metabolismo
social apresenta a solução que melhor corresponde aos seus interesses de
lucratividade: incorpora as reivindicações por melhores condições de trabalho
investindo na qualificação profissional dos trabalhadores e passando a
valorizá-la nas políticas de contratação de mão-de-obra e ascensão hierárquica
nas empresas. O capital “destrói”, então, o operário executor e “constrói” o
profissional polivalente, flexível, participativo, organizativo e altamente
especializado. Por quê ter trabalhadores que são meros executores se é mais
rentável ter profissionais que são, ao mesmo tempo, executores e
administradores, que conhecem o processo produtivo e são extremamente capazes
de identificar e corrigir erros? Essa “incorporação” prova o quanto o sistema
de metabolismo social do capital é incontrolável.
4) Toyotismo e
acumulação flexível: a “qualidade total” como estratégia do capital
O toyotismo surgiu como solução para a crise do
capital ocorrida nos anos 70. Originário no Japão, de dentro das fábricas de
automóveis Toyota, ganhou terreno e estendeu-se pelo mundo todo. Com
ele, uma nova forma de organização industrial e de relação entre capital e
trabalho emerge das cinzas do taylorismo/fordismo. De acordo com Sabel &
Piore, estas novas relações eram mais favoráveis aos trabalhadores quando comparadas
às existentes no modelo anterior, principalmente por possibilitarem o advento
de um trabalhador mais qualificado, participativo, multifuncional, polivalente,
dotado de maior realização no ambiente de trabalho (SABEL & PIORE, 1984).
Estratégias como o just in time, team work,
kanban, a eliminação do desperdício e o controle de qualidade total são
parte do discurso do modelo toyotista de produção e adotadas pelas empresas em
todo o mundo. Essas estratégias tornaram-se modismo entre os consultores de Recursos
Humanos, outplacements, hadhunters e demais especialistas em
contratação e recolocação de profissionais. Somente as empresas que
encontram-se integradas a tais estratégias são tidas como empresas-modelo,
recebendo os certificados de qualidade ISO 9000, 9001, 9002,
etc.
Assim, observa-se como o poder transformador do
capital atinge dimensões globais. O que é conveniente para os fins capitalistas
deve ser adotado por todos os que integram o sistema e o metabolismo social do
capital se encarrega disso. Transforma-se não só as relações de produção, na
esfera econômica, mas também os conceitos de qualificação do trabalhador, na
esfera sociocultural. O discurso da “qualidade total” é um bom exemplo a ser
citado e debatido. Recordando as reivindicações por melhores condições de
trabalho na década de 60 e o descontentamento público com a tendência
decrescente do valor de uso das mercadorias, fica fácil compreendermos a razão
pela qual o capital insiste em qualificar processos de produção, trabalhadores
e produtos tendo como referência os padrões estabelecidos pelo discurso da “qualidade
total”.
No intuito de convencer a todos de que o ambiente e
as relações de trabalho são os melhores possíveis, estabelece-se os
certificados de qualidade ISO. Isso também se verifica com as mercadorias,
que só são liberadas para o mercado quando passam pelas inspeções de qualidade.
O mesmo ocorrendo com os profissionais a serem contratados ou analisados, só
prevalecendo os que forem qualificados (ou seja, terem qualidade) o suficiente.
Os lucros capitalistas dependem do mercado e do consumidor. Se o mercado exige qualidade
é porque o público consumidor também exige. E o capital sabe muito bem disso e
por isso instaura os programas e certificados de “qualidade total”(ANTUNES,
1999).
Mas
atenção especial tem que ser dada à falácia destes programas. John Tomaney
destaca que mesmo onde exemplos de especialização flexível podem ser
identificados, isso não tem trazido necessariamente benefícios para o trabalho
ou o trabalhador.
Observam-se, até mesmo, exemplos crescentes de intensificação
do trabalho onde o sistema just in time, por exemplo, é implantado
(TOMANEY, 1996). Da mesma forma, a introdução de tecnologia computadorizada não
vem acarretando a emergência do trabalho qualificado como conseqüência.
Divulgam-se as mudanças no processo produtivo, ocorridas com o advento do
toyotismo, enfatizando melhorias no que diz respeito ao trabalho mais
qualificado e habilitado – como o trabalho em equipe, a multifuncionalidade e a
polivalência, a flexibilidade – , mas oculta-se que este mesmo processo tem
levado freqüentemente à intensificação e precarização do trabalho.
O mesmo se dá com a “qualidade total” das
mercadorias. No intuito de convencer o público consumidor da “qualidade” dos
seus produtos, as empresas implantam os certificados ISO de “qualidade
total”. Mészáros destaca como estratégia do capital a utilização decrescente do
valor de uso das mercadorias (MÉSZÁROS, 1995). O capital depende da dinâmica do
mercado de produtos, que é dada pela contínua substituição das mercadorias velhas
pelas novas. Portanto, quanto menor vida útil tiver um produto, maior será a
dinâmica do mercado de consumo e, consequentemente, maior será o lucro obtido
pelas empresas. A utilização decrescente do valor de uso é fundamental para o
processo de valorização do capital. Conforme salienta Antunes (1999): “na
empresa da era da reestruturação produtiva, torna-se evidente que quanto
mais ‘qualidade total’ os produtos devem ter, menor deve ser seu tempo
de duração” (p.50). A “qualidade total” torna-se, então, inteiramente
compatível com a chamada lógica da produção destrutiva, na qual os traços
marcantes são o desperdício, a destrutividade e a rápida obsolescência dos
produtos.
Visto sob esta ótica, não restam dúvidas de que o
discurso da “qualidade total” é mais uma das estratégias do capital para
atingir seu objetivo único e primordial: o lucro. O divulgado “respeito” pelo
consumidor (que sofre com a baixa qualidade dos produtos) ou pelo trabalhador
(afetado pela intensificação e exploração do processo de trabalho, ocultadas
pelos certificados de qualidade), ocorrido com os processos de reestruturação
produtiva, não passa de alienação diante da cruel realidade. Alienação esta que
é uma arma poderosa, da qual se utiliza o sistema de metabolismo social do
capital.
5) Conclusão
O fordismo/taylorismo ficou marcado como um modelo
de produção em que vigorou a exploração do trabalhador através de processos de
trabalho tortuosos, que relegavam os operários a tarefas estafantes,
deteriorantes, mecânicas e repetitivas e os submetendo a cargas horárias
exageradas. O modelo de acumulação flexível que emergiu com o toyotismo
pretendeu romper com a imagem negativa do trabalho como deterioração do
trabalhador derivada do fordismo, patrocinando para isso programas de
“qualidade total” fundados na constituição de um trabalhador polivalente,
multifuncional, integrado ao processo produtivo, livre para dele participar e
nele interferir.
No entanto, verificou-se nos processos de trabalho
resultados que serviram para trazer a tona a falácia do discurso da “qualidade
total” no trabalho. Conforme observa Ricardo Antunes, presenciou-se nas
empresas onde vigora a modelo toyotista:
“A
desregulamentação enorme dos direitos do trabalho, que são eliminados cotidianamente
em quase todas as partes do mundo onde há produção industrial e de serviços; o
aumento da fragmentação no interior da classe trabalhadora; a precarização e
terceirização da força humana que trabalha; a destruição do sindicalismo de
classe e sua conversão num sindicalismo dócil, de parceria, ou mesmo em um ‘sindicalismo
de empresa’” (ANTUNES,
1999; p.53).
Perda de direitos, precarização, destruição do
sindicalismo, intensificação do trabalho dada pelo melhor aproveitamento
possível do tempo de produção através do método just in time, imensa
terceirização dos processos produtivos, com o aumento do trabalho em condições
precárias à medida que mais se distancia das empresas matrizes, tudo isso
reflete o enorme desprezo do capital pela força humana que trabalha, seja no
modelo fordista de produção, onde a exploração era explícita, seja no modelo de
acumulação flexível, cujo discurso de “qualidade total” encobre as condições desumanas
vividas por muitos trabalhadores. Portanto, pensar que há algum respeito do
capital pelo trabalho, pela pessoa do trabalhador, é cair nas artimanhas do
próprio capital. É estar alienado diante da verdadeira realidade.
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O autor
Marcos Augusto de
Castro Peres é sociólogo e educador, atuou como professor de Sociologia nos
curso de Administração de Empresas nas Faculdades UNOPEC de 2002 a 2004. Atualmente
é professor de Sociologia, Antropologia e Filosofia no Centro Universitário
UNIARARAS. É mestre em Sociologia pela UNICAMP e doutorando em Educação pela
USP